sexta-feira, abril 13, 2012

O Pintor de Itabuna


Por Rafael Pesce
Ilustração: Pedro Giongo

ITABUNA, SEGUNDA-FEIRA, 24 DE JANEIRO DE 2012

Polícia baiana prende o Pintor de Itabuna

Foi preso neste fim de semana o serial killer mais procurado da Bahia. O Pintor de Itabuna, como ficou conhecido o assassino, foi localizado em sua residência na noite de domingo, enquanto assistia ao Programa Silvio Santos acompanhado de 11 cabeças das vítimas que fez ao longo dos últimos seis meses. A identidade do criminoso é mantida em sigilo pela polícia por motivos de segurança. Sabe-se apenas que o homicida é um anão de 1,20m.
           
A história da série de assassinatos começou em julho de 2011, quando o empresário José Enrique López foi encontrado morto pela amante. A vítima encontrava-se sem a cabeça, e foi reconhecida através de uma tatuagem do Esporte Clube Bahia, localizada nas costas.  No local foi deixada uma folha A4 com o desenho do que supostamente parecia ser o rosto do falecido.  Porém, até os policiais especializados em desenho de retratos falados tiveram dificuldade na identificação dos traços do finado.

Após o primeiro crime mais uma dezena de assassinatos foram cometidos pelo Pintor de Itabuna, seguindo sempre o mesmo Modus Operandi: corpo sem cabeça e desenho da vítima no local. Além do empresário Zé López, foram vitimados os cinco integrantes do grupo de Axé universitário Arrastaxé, o casal de médicos Dr. Ulisses Nogueira e Dra. Fátima Homero, o repentista Noé dos Santos, o jornalista Ildo Roblan e a socialite Marisa Briacone, morta na última semana enquanto tomava banho de sol em sua mansão. Em comum as vítimas apresentavam o fato de terem pintado suas residências no decorrer do ano de 2011. Acredita-se que o Pintor de Itabuna estivesse entre a equipe que realizou esses trabalhos. Localizados por nossa reportagem, os donos da empresa de pintura Trovesine & Filhos confessaram que o empregado anão sofria constantemente com bullyng, praticado à exaustão pelos companheiros de trabalho e por alguns contratantes.

O delegado de polícia Sérgio Trancone acredita na hipótese de vingança como motivo principal para o crime: “temos fortes indícios de que os assassinatos foram uma represália do anão contra as brincadeiras de mau gosto praticadas contra ele”. Vizinhos do anão homicida revelaram a nossa reportagem que no momento da prisão o serial killer gritava compulsivamente: “pintor de rodapé é o c******”.


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